FAQ'S

Porque devo ir ao veterinário para vacinar meu animal?
A vacinação é uma das etapas mais importantes na vida do cachorro ou gatinho, e justamente por isso deve ser realizada sempre por um profissional competente e adequada a cada animal. Sempre antes da vacinação é realizada uma consulta para verificar o estado geral do paciente e informar o proprietário acerca da desparasitação e outras medidas importantes para garantir a saúde do seu companheiro desde cedo.
Essa também é uma boa forma de detectar precocemente algumas enfermidades e esclarecer quaisquer dúvidas que o proprietário tenha.
Tão importante quanto a vacinação dos filhotes é o reforço anual dos adultos.

Quais são as doenças que a vacinação previne?
As principais vacinas para cães são contra raiva, esgana, parvovirose, hepatite, adenovirose e leptospirose. Já os gatos, além da raiva podemos vaciná-los contra rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia, clamidiose e leucemia felinas.

Qual a idade correcta para a iniciar a vacinação?
Nos cachorros a partir das 6 semanas e nos gatinhos às 8 semanas.

O que é a doença do verme do coração ou Dirofilariose?
A dirofilariose é uma doença parasitária cardiopulmonar fatal para os cães e gatos, é considerada actualmente como um dos grandes problemas clínicos, que promete tornar-se mais sério com o tempo e ainda nenhuma solução realmente definitiva foi proposta. É causada pela Dirofilaria immitis, um parasita que se aloja no coração e artérias pulmonares de animais picados por mosquitos transmissores. A maioria dos cães e gatos infectados não apresenta sintomas clínicos até que a doença atinja um estágio mais avançado, facilitando assim sua transmissão para outros animais.
A dirofilariose é também considerada uma zoonose, pois há relatos de que a Dirofilaria immitis pode parasitar o homem quando picado por um mosquito transmissor. Entretanto em humanos este parasita não completa seu ciclo, pois se aloja no pulmão e fica encapsulado. O que ocorre é que o parasita encapsulado no paciente humano costuma ser confundido com tumor, o que freqüentemente leva a cirurgias delicadas e traumáticas (toracotomias).
O ciclo biológico da Dirofilaria immitis pode envolver muitas espécies de mosquitos. Os mosquitos-fêmeas ao obterem seu repasto de sangue de um cão ou gato infectado por microfilárias (forma larval da Dirofilaria immitis) funcionam como hospedeiros intermediários. Estas microfilárias se desenvolverão e se tornarão amadurecidas no interior do mosquito depois de 2 a 2,5 semanas. Após este tempo, quando este mosquito infectado picar um cão ou gato saudável para se alimentar, as pequenas larvas serão depositadas junto com a saliva do mosquito na pele do animal. Estas larvas migrarão activamente nos tecidos corporais nos próximos 100 dias, deslocando-se para o sistema vascular e depois para as pequenas artérias pulmonares. Na fase adulta, grande parte das dirofilárias estarão a residir nas artérias pulmonares caudais. Entretanto, com o aumento da quantidade das larvas adultas, elas se deslocarão para o coração, particularmente o ventrículo direito, átrio direito e se ainda for maior o número das larvas, também para a veia cava. Depois de aproximadamente 6 meses após a penetração das larvas infectantes no cão ou gato, ocorrerá a primeira microfilaremia, ou liberação de microfilárias na corrente sangüínea pelas fêmeas de dirofilárias adultas instaladas no coração. Por sua vez, estas microfilárias circulantes sendo ingeridas pelos mosquitos hematófagos fecharão o ciclo.

Qual o tratamento para a dirofilariose, e como posso prevenir meu cão de a apanhar?
Apesar de existirem formas de tratamento relativamente seguras e eficazes, todos esquemas razoáveis de tratamento clínico, no mínimo, requerem hospitalização temporária dos animais infectados, mesmo assim oferecendo um apreciável risco de morte e não há qualquer sucesso notável ou duradouro em restituir de maneira eficaz a função fisiológica de cães pesadamente infectados. Eliminar vermes do interior do coração e artérias pulmonares não é tarefa simples e o prognóstico sempre é reservado. O tratamento quimioprofilático preventivo é a ferramenta mais importante no controle do verme do coração. Actualmente existem medicamentos microfilaricidas altamente eficazes, geralmente de administração mensal, que matam as microfilárias inoculadas pelos mosquitos infectados nos cães e gatos. Mas sempre o faça sob orientação veterinária porque pode ser fatal caso o animal já tenha a doença.

Meu cachorro perdeu um dente, é normal?
A queda dos dentes de leite inicia-se em torno dos 4 meses de idade completando-se por volta dos 8 meses, ocorrendo ao mesmo tempo o nascimento dos dentes definitivos. Muitas vezes os donos não se apercebem da mudança dos dentes, pois os mesmos são engolidos junto com a alimentação. Por vezes quando o animal está a morder algo, o proprietário pode notar a queda de algum dente e um pequeno sangramento de gengiva.

Meu cão tem 2 caninos sobrepostos, por quê?
Alguns animais podem reter os dentes de leite juntamente com os definitivos, caso isso ocorra, aguardar até o animal completar 1 ano de idade e fazer a extração desses dentes. A retenção de dente de leite juntamente com o definitivo, provoca a acumulação de alimentos entre o dente e a gengiva, podendo prejudicar a raiz do dente definitivo, levando à sua perda.

Meu gato tem tártaro, como ele come bem tenho mesmo de o levar para tirar?
O problema mais comum nos dentes de cães e gatos é o aparecimento de tártaro. O tártaro deposita-se nos dentes a partir de placas bacterianas e apresenta uma coloração de amarelo a negro. A acumulação excessiva de tártaro nos dentes, provoca halitose (mau hálito), retração das gengivas e gengivite, levando ao desprendimento e perda precoce do dente. Além disso, está cientificamente comprovado que as bactérias presentes nas gengivas inflamadas podem atingir o coração por via sanguínea provocando afecções cardíacas com graves consequências para a saúde do seu cão. O único tratamento existente para a remoção do tártaro é a limpeza mecânica dos dentes com instrumentos próprios e anestesia geral.
A prevenção da formação de tártaro é feita através da higiene bucal, utilizando ossos artificiais especialmente desenvolvidos para a remoção da placa bacteriana, biscoitos anti-tártaro, fio dental e escovagem. O uso de dentífrico humano (pasta de dente) no cão ou gato leva a longo prazo ao aparecimento de gastrite devido à ingestão por parte do animal de grandes quantidades de pasta. Assim, se optar pela escovagem use um dentífrico próprio para animais.
A diminuição do tempo de vida do seu cão ou gato devido aos problemas cardíacos decorrentes do acúmulo de tártaro nos dentes é significativo. Dentes limpos na boca de seu cão ou gato além de melhorarem o convívio com os donos asseguram uma melhor qualidade de vida ao seu animal.

O que é Leishmaniose?
A leishmaniose é causada por um protozoário que é um parasita intracelular de macrófagos, uma célula do sistema imunológico do organismo, que atinge homens, cães e muitos animais silvestres. Ocorrem 2 tipos de Leishmaniose: cutânea e visceral. O vector é o mosquito flebótomo.
De uma forma bastante simplificada, o insecto pica o hospedeiro e ingere uma forma de protozoário. No interior do insecto, esta forma se desenvolve, migrando para a boca do insecto que inocula em um novo hospedeiro, havendo um desenvolvimento de outro tipo de forma no interior dos macrófagos.
Os macrófagos encontram-se em vários tecidos do organismo. O sistema imunológico do animal, através das células (linfócitos) vai tentar isolar e destruir as células infectadas, ocorrendo a recuperação e imunidade do animal. No entanto, ocorrem muitos casos em que o organismo não consegue debelar o microorganismo, ocorrendo infecção crónica. O animal passa a apresentar uma dilatação crónica em baço, fígado e linfonodos com lesões cutâneas permanentes. O grande problema é que os sintomas nos cães podem levar muitos meses para aparecerem.
Os sintomas são muito variados, entre eles alopecia (falta de pêlo) ao redor dos olhos, perda de pêlo generalizada e eczema, além de febre intermitente, anemia, caquexia e aumento dos linfonodos. Podem ocorrer também um crescimento exagerado das unhas, sangramentos pelo nariz, seborreia (caspa) e atrofia muscular, mais notória em região temporal.
O diagnóstico é realizado através de exame de sangue do cão e também através de esfregaços ou raspado de pele e biópsia de linfonodos ou de medula.
Embora exista tratamento, apostar na prevenção é a melhor maneira de evitar a infecção do seu cão, bem como evitar que a doença se continue a propagar. Para tal recomendamos a utilização durante todo o ano de ampolas ou coleiras próprias que agem como repelentes do mosquito flebótomo, assim como deve-se evitar expor os animais ao mosquito nas alturas em que eles picam, que é no final do dia.
Desde 2011 também já existe a vacina contra a leishmaniose. Ela não protege da infecção, não "mata" o agente, mas melhora a resposta imunitária reduzindo drasticamente o risco de animais infectados desenvolverem a doença. Os animais têm de ter pelo menos 6 meses de idade e não pode ser dada conjuntamente com outras vacinas. No primeiro ano são necessárias 3 doses, com um intervalo de 1 mês e precedidas de um teste negativo para leishmaniose. A revacinação é uma dose única anual.
Infelizmente é uma doença muito comum em nossa zona e em todo o sul da Europa, e ainda não há cura. Por isso proteja sempre seu cão!

Por quê a esterilização? O que acarreta? Quando devo fazer?
Para a maioria das pessoas, a idéia pode parecer cruel , violenta, um acto contra a natureza. Ainda se cultiva o mito de que gatos e cães esterilizados perdem a alegria de viver, engordam, tornam-se deprimidos...
Esses e outros argumentos semelhantes costumam martelar a cabeça dos donos no momento de decidir o futuro sexual dos seus melhores amigos. Para eliminar qualquer dúvida, aqui estão algumas razões a favor da medida, que só trará benefícios ao Bobi ou ao Bichano da casa.
Prevenção - A esterilização elimina, de forma permanente, a capacidade reprodutiva do animal. Nas fêmeas (gatas e cadelas) a cirurgia consiste em remover útero e ovários. Além de inabilitar para a procriação, a operação previne doenças graves, por vezes fatais, como infecções uterinas, tumores uterinos e da mama. Nos machos a castração implica a remoção dos testículos, o que elimina a possibilidade de tumores neste órgão. Além disso diminui também os problemas da próstata, muito comuns em machos de idade avançada. Esterilizar, portanto, protege os bichinhos contra sérias complicações de saúde. Melhor para eles, não é mesmo?
Vidas Salvas - A superpopulação de animais domésticos é hoje, nas nossas cidades, um facto incontestável. Cães e gatos sem dono e sem tecto vagueando pelas ruas representam uma ameaça séria à saúde pública. Diante do dilema, as autoridades são forçadas a exterminar os bichinhos abandonados. Dá pena, mas não há outro forma. A castração significa controlo populacional e menos animais sem lar. Pense bem: é melhor evitar o nascimento das fofurinhas do que eliminá-las depois, certo?
Sem Tecto - Há mais: se você, como dizem os americanos, "neutralizar" o amiguinho que tem em casa, impedindo que ele coloque descendentes no mundo, abrirá chances para os que andam por aí em busca de um lar. Existem milhões de cães e gatos atrás de carinho e de um prato de comida, batalhando por um lugar ao sol. É um bom argumento.
Comportamento – Nada mais desagradável do que receber uma visita e o Bobi descobrir na perna dela um irresistível objecto de desejo sexual: o "mau comportamento" de caninos que mal convivem com parceiros da mesma espécie. A castração elimina do organismo do animal a maior parte da testosterona – hormona masculina responsável pelas "atitudes inconvenientes", que não se limitam a montar nas pernas das visitas. Incluem também desaparecimentos periódicos em longas jornadas boémias, além da demarcação de território com urina (tapetes e estofados costumam entrar na dança). E brigas, por vezes desastrosas, com rivais da vizinhança.
Batalhas Campais – Machos castrados tornam-se mais caseiros, não saem por aí atrás de rabos-de-saia, envolvem-se pouco em batalhas campais e tendem a sofrer menos atropelamentos nas ruas. Nos gatos (que também gostam de vadiar, montar nas visitas, marcar território com urina e bancar Mike Tyson nos telhados e terrenos baldios) a castração funciona com a mesma eficácia.
Abobalhados – Ao contrário do que as pessoas julgam, a cirurgia não torna o animal "abobalhado", sequer mais calmo. O que "assenta" um cão ou gato demasiadamente activo é a maturidade.
O Instinto das "Damas" - Nas fêmeas, os efeitos da esterilização são ainda mais perceptíveis. Desaparecem a irritação e a agressividade que algumas apresentam no período fértil, bem como a tendência a fugir de casa que atinge certas "damas" quando o instinto sexual fala mais alto. A esterilização também não prejudica a bravura dos animais de guarda.
Trato Fácil – A "neutralização" evita que nossos melhores amigos aprontem mil e uma, pressionados pelas tenazes do instinto. De facto, em períodos de paixão ardente (vizinhança de uma fêmea em cio) os machos tornam-se inquietos, hiperactivos e até destrutivos – a mobília que o diga.
Serenatas – Já as fêmeas deixam de apresentar sangramento durante o cio. Você evita assim, manchas desagradáveis em assoalhos, carpetes e estofados. Por fim, "moçoilas" esterilizadas não atraem pretendentes que, além de ficarem rodeando a porta o tempo todo, costumam fazer serenatas nas mais impróprias horas da madrugada.
Longevidade – As estatísticas revelam que animais castrados vivem mais e tornam-se mais afeiçoados aos seus donos. Em retribuição, tendem a receber mais carinho, o que melhora sua qualidade de vida.
Personalidade – A ideia de que a esterilização muda o comportamento de cães e gatos não passa de lenda. As demais manifestações instintivas (como a capacidade de defender o território) permanecem iguais. Também não é verdade que a castração provoque preguiça e obesidade. Animais operados devem, isto sim, ingerir menos calorias. Mas quando recebem dieta adequada e fazem exercícios regularmente, a silhueta mantém-se perfeita e a vitalidade não sofre nenhum prejuízo.
Riscos e Benefícios – Muita gente condena a castração por submeter o animal aos riscos de uma cirurgia desnecessária. Contudo, feita por profissionais competentes, a operação dificilmente apresenta complicações e as vantagens decorrentes são para toda a vida. Não tema pela saúde de seu melhor amigo na hora de esterilizá-lo. A recuperação é relativamente rápida e logo ele estará tão lépido quanto antes.
Bom Negócio – Até mesmo pelo lado estritamente económico, "neutralizar" animais de estimação vale a pena. No caso das fêmeas, criar uma ninhada em casa, além do trabalho, consome dinheiro: visitas ao veterinário, vacinas, corte de rabo (em certas raças caninas). No final, a conta fica bem salgada – e pode se repetir uma vez ao ano ou mais. Além disso, você precisa achar "pais" para os bebés. Se os exemplares não tiverem excelente pedigree, dificilmente conseguirá vendê-los com lucro. O jeito será dá-los, o que nem sempre é fácil.
Idade Ideal – A época ideal para a cirurgia é entre os 2 e os 4 meses de idade. Poderá ser feita mais tarde, porém será preciso avaliar se o animal está saudável e se suporta anestesia. A avaliação torna-se fundamental para o sucesso da operação.
Diante de tantos argumentos racionais, é difícil condenar a esterilização. Afinal, é uma cirurgia que melhora muito a qualidade de vida dos bichinhos de estimação.

Trazendo animais para Portugal
Muitas pessoas já elegeram Portugal como sítio de eleição para férias e até mesmo como nova residência, e não abdicam de levar seus animais de companhia. Mas antes de fazer as malas há algumas informações não só importantes como necessárias para que a viagem e a estadia corram sem maiores imprevistos.
Como se trata de um país mediterrânico e com temperaturas amenas durante praticamente todo o ano, há uma incidência muita alta de doenças infecciosas e parasitas e muitas vezes os animais vindos de locais onde não existem essas doenças são especialmente susceptíveis a apanhá-las e de forma mais grave devido à falta de imunidade.
Para evitar tais riscos, recomenda-se que seu cão esteja devidamente vacinado contra parvovirose, esgana, hepatite, parainfluenza e leptospirose. Lembre-se que numa primovacinação ainda são necessários 21 dias após a vacina para que esta faça efeito.
No que toca a parasitas, além das pulgas e carraças há moscas e mosquitos que transmitem doenças muito graves como leishmaniose e dirofilariose., que afectam sobretudo cães, sendo muito raras em gatos.
Para evitar a leishmaniose há uma coleira, Scalibor®, que repele o mosquito flebótomo, transmissor dessa enfermidade. Outros dois produtos também previnem a picada desse mosquito, o Pulvex Spot On® e Advantix®. Lembre-se sempre que repetir a aplicação segundo a recomendação do fabricante ou do médico veterinário. Esses produtos mencionados também têm acção contra pulgas e carraças por isso não é necessário estar a utilizar mais produtos para esse fim.
Contra a dirofilariose ou verme do coração há medicamentos capazes de matar as microfilárias sanguíneas antes que essas se tornem adultas, como Heartgard®, Milbemax® e Interceptor®, mas deve se ter certeza que o animal já não tenha essa doença antes de começar a dar essa medicação, o que poderia ser fatal. Para isso consulte seu veterinário.
Para quem tem gatos, certifique-se da vacinação contra panleucopénia, calicivirose, clamidiose, rinotraqueíte e leucemia felinas. É necessário que mensalmente aplique um produto contra pulgas e carraças e evite que seu gato tenha contacto com outros gatos de rua, porque a incidência de SIDA e Leucemia felinas nesses animais é muito alta - e para SIDA não há vacina e nem tratamento. Gatos que nunca irão ter contacto com outros felinos podem ser vacinados apenas contra panleucopénia, calicivirose e rinotraqueíte.
Os reforços das vacinas para cães e gatos é anual.
Cães e gatos depois de estarem aqui em Portugal devem realizar a desparasitação interna a cada 3-4 meses, em dose única com repetição em 15 dias. Mas tenha em atenção se o produto que for usar tem acção contra céstodos, muitos não possuem.
De resto, no que toca à alimentação e higiene, os cuidados são sempre os mesmos em qualquer parte do mundo. Ofereça preferencialmente ração à comida caseira, evitando alimentos enlatados que principalmente no verão se estragam facilmente e provocam intoxicações alimentares. Nunca dê carne crua a gatos, o que proporciona o contágio de toxoplasmose. Banhos sempre com frequência e produtos indicados à raça e a espécie em questão.
Qualquer dúvida não hesite em contactar seu veterinário ou pode escrever para caofraria@hotmail.com e boa viagem!

*** Cristiane Lima

Para quem quiser consultar a nova legislação para circulação de cães, gatos e furões em Portugal:
Entrada em Portugal de cães, gatos e furões como animais de companhia sem carácter comercial 1), com proveniência de Países da UE 2)
É necessário um passaporte emitido por veterinário habilitado, que ateste a presença de um microchip ou tatuagem bem como os dados de nome e endereço do proprietário e também que tenha sido vacinado contra raiva com mais de 3 meses de idade. Se tiver menos de 3 meses e sem vacina anti-rábica pode dar entrada em Portugal desde que acompanhado da mãe, devendo esta viajar a coberto de uma passaporte de acordo com o referido supra. Animais com menos de 3 meses e sem vacina anti-rábica provenientes da Irlanda, Malta, Suécia e Reino Unido podem viajar sem a companhia da mãe, desde que possuam um passaporte e que tenham permanecido no mesmo país desde o nascimento.

Entrada em Portugal de cães, gatos e furões como animais de companhia sem carácter comercial 1), com proveniência de Países fora da UE 2)
Não é permitida a entrada dos animais em causa, provenientes de países fora da UE, com menos de 3 meses de idade.
1 – Os animais de companhia, provenientes de Países fora de UE que não os referidos em 2 e 3, estão sujeitos à apresentação de um Certificado Sanitário 3) emitido/validado pela Autoridade Veterinária Oficial do país de proveniência que comprove:
a) que o animal se encontra identificado mediante um sistema de identificação electrónica (transponder) ou uma tatuagem claramente legível, devendo também prever-se a indicação de dados que permitam conhecer o nome e endereço do proprietário.
b) uma vacinação/revacinação anti-rábica válida, efectuada quando o animal tinha, pelo menos 3 meses de idade, segundo as recomendações do laboratório de fabrico, com uma vacina inactivada de, pelo menos, uma unidade antigénica por dose (norma OMS).
c) uma titulação de anticorpos neutralizantes, pelo menos igual a 0,5 UI/ml, efectuada num laboratório comunitariamente aprovado 4), com base numa colheita realizada pelo menos trinta dias após a vacinação anti-rábica e três meses antes da circulação, por um veterinário habilitado.
2 – Os animais de companhia provenientes de:
a) Andorra; Suíça; Islândia; Liechtentein; Mónaco; Noruega; São Marino; Estado da Cidade do Vaticano 5);
ou de:
b) Ilha da Ascenção; Antígua e Barbuda; Antilhas Holandesas; Aruba; Barbados; Barém; Bermudas; Canadá; Fiji; Ilhas Falkland; Croácia; Jamaica; Japão; Saint Kitts e Nevis; Ilhas Caimão, Monserrate; Maurícia; Nova Caledónia; Nova Zelândia; Polinésia Francesa; São Pedro e Miquelon; Federação Russa; Singapura; Santa Helena; Estados Unidos da América; São Vicente e Granadinas; Vanuatu; Wallis e Futuna; Mayotte;
estão sujeitos à apresentação de Certificado Sanitário 3) emitido/validado pela Autoridade Veterinária Oficial do país de proveniência , que comprove o cumprimento das regras previstas em 1.a) e 1.b).
3 – Os cães e gatos provenientes da Austrália e da Malásia (Península) obedecem a medidas de salvaguarda específicas, devendo ser consultada a Direcção Geral de Veterinária. Quanto aos furões, quando provenientes da Malásia (Península) aplica-se o ponto 1 supra, quando provenientes da Austrália aplica-se o ponto 2 supra.

Notas:
1) Que acompanhem o seu proprietário ou uma pessoa singular por eles responsável em nome do proprietário e que não sejam destinados a venda ou transferência de propriedade.
2) Desde que em número inferior ou igual a 5 animais. Para mais de 5 animais, deverá ser consultada a Direcção Geral de Veterinária.
3) O certificado sanitário deverá ser acompanhado pelos originais ou cópias autenticadas dos comprovativos das vacinações e, se for o caso, da titulação de anticorpos
4) A lista de laboratórios aprovados deve ser consultada no site da UE com o seguinte endereço: http://europa.eu.int/comm/food/animal/liveanimals/pets/approval_en.htm.
5) As autoridades veterinárias dos países citados em 2.a), poderão optar pela utilização de um passaporte em vez do certificado
Fonte : Direcção-Geral de Veterinária do Ministério da Agricultura, Pescas e Florestas